Que jóia é essa no teu umbigo?- perguntou Ricardo que só agora reparara em algo que não lhe saltara logo à vista enquanto se tomavam os dois num jogo onde se via pelo tacto. Eva não lhe respondeu logo, deslizou num pairar suave sobre o dourado feno aqueles cinco metros que distavam até ao riacho, mas sem nunca tirar os olhos dos olhos de Ricardo, num olhar profundo, quase de reprovação...Não achas que para desconhecido já estás a querer saber de mais?- disse-lhe em tom de brincadeira, enquanto sorria de forma provocante e de satisfação ao acomodar a sua bela forma de curvas no colo de Ricardo, deixando que água cristalina funcionasse como um manto onde se podia ver perfeitamente que aquele acomodar de corpos não era um simples descansar...outra vez? Queres outra vez?!- disse-lhe ele...Claro! Quero! Quero muito! Quero-te muito de novo dentro de mim...beijou-o fortemente e num gesto brusco tratou mesmo ela de o agarrar com firmeza e de o "obrigar" a possuí-la de novo...foi interminável...o cansaso de há quinze minutos atrás ainda não tinha largado Ricardo, e este, que se regenerava lentamente com a água fresca do ribeiro ia dando-lhe prazer, agora de uma forma menos "bruta", mas em movimentos lentos e suaves, como se o seu corpo acompanhasse a água que por ele passava até ao ponto de extase...acabaram, estenderam-se ao sol esperando apenas que Eva se recomposesse do frio que lhe cobria a pele...trinta minutos dentro de água tinham passado e agora aquele sol dourado era vital.
Depois de deixar Eva em casa Ricardo tinha um misto inexplicável de sensações que lhe percorriam o corpo...e um pensamento que lhe batia na cabeça ao ritmo do som daquele riacho a bater nas pedras..."nunca conheci mulher tão louca...tão selvagem...que fizesse amor tão bem...nunca conheci expressões tão provocantes nem um sorriso que me transmitisse a ordem para a possuír como o dela...mas há algo na sua tez delicada e macia, algo no seu porte, no modo como se senta, no modo como sabe estar...algo que não condiz com uma mulher selvagem, que condiz sim com aquele enorme diamante que ela se negou a explicar...estou num filme, só posso estar num filme! Só num filme eu vi uma contradição tão grande fazer sentido...uma mulher selvagem que se dá ao prazer carnal da vida mas que tem berço, vem de familias de bem...ela tem berço...só pode...ninguém se senta assim nem toca suavemente como ela se não for algures de uma aristocracia ou burguesia de costumes...será? E aquele diamante?...condiz bem mais com esse estatuto do que com uma mera e vulgar oferecida...será?" E durante todo o caminho, e durante todos os caminhos dos dias seguintes, esta dúvida não saía da cabeça de Ricardo.
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Que jóia é essa no teu umbigo?- perguntou Ricardo que só agora reparara em algo que não lhe saltara logo à vista enquanto se tomavam os dois num jogo onde se via pelo tacto. Eva não lhe respondeu logo, deslizou num pairar suave sobre o dourado feno aqueles cinco metros que distavam até ao riacho, mas sem nunca tirar os olhos dos olhos de Ricardo, num olhar profundo, quase de reprovação...Não achas que para desconhecido já estás a querer saber de mais?- disse-lhe em tom de brincadeira, enquanto sorria de forma provocante e de satisfação ao acomodar a sua bela forma de curvas no colo de Ricardo, deixando que água cristalina funcionasse como um manto onde se podia ver perfeitamente que aquele acomodar de corpos não era um simples descansar...outra vez? Queres outra vez?!- disse-lhe ele...Claro! Quero! Quero muito! Quero-te muito de novo dentro de mim...beijou-o fortemente e num gesto brusco tratou mesmo ela de o agarrar com firmeza e de o "obrigar" a possuí-la de novo...foi interminável...o cansaso de há quinze minutos atrás ainda não tinha largado Ricardo, e este, que se regenerava lentamente com a água fresca do ribeiro ia dando-lhe prazer, agora de uma forma menos "bruta", mas em movimentos lentos e suaves, como se o seu corpo acompanhasse a água que por ele passava até ao ponto de extase...acabaram, estenderam-se ao sol esperando apenas que Eva se recomposesse do frio que lhe cobria a pele...trinta minutos dentro de água tinham passado e agora aquele sol dourado era vital.
Depois de deixar Eva em casa Ricardo tinha um misto inexplicável de sensações que lhe percorriam o corpo...e um pensamento que lhe batia na cabeça ao ritmo do som daquele riacho a bater nas pedras..."nunca conheci mulher tão louca...tão selvagem...que fizesse amor tão bem...nunca conheci expressões tão provocantes nem um sorriso que me transmitisse a ordem para a possuír como o dela...mas há algo na sua tez delicada e macia, algo no seu porte, no modo como se senta, no modo como sabe estar...algo que não condiz com uma mulher selvagem, que condiz sim com aquele enorme diamante que ela se negou a explicar...estou num filme, só posso estar num filme! Só num filme eu vi uma contradição tão grande fazer sentido...uma mulher selvagem que se dá ao prazer carnal da vida mas que tem berço, vem de familias de bem...ela tem berço...só pode...ninguém se senta assim nem toca suavemente como ela se não for algures de uma aristocracia ou burguesia de costumes...será? E aquele diamante?...condiz bem mais com esse estatuto do que com uma mera e vulgar oferecida...será?"
E durante todo o caminho, e durante todos os caminhos dos dias seguintes, esta dúvida não saía da cabeça de Ricardo.
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